sexta-feira, 4 de abril de 2008

De repente...

De repente você percebe que alguma coisa mudou. Não que sua barba tenha crescido ou uma espinha apareceu no seu rosto. De repente você percebe que já não é mais o mesmo, que o tempo lhe fez mudar e que a vida lhe transformou. Para melhor? Cabe a nós dizermos se essa transformação vem pra ajudar ou pra piorar.
Quando criança pensava ser um super-herói e duelava contra um vilão imaginário, terrível e feroz, com sua espada gigante. E eu não sentia medo. Por maior que fosse o inimigo, por mais força que este tivesse, eu não via nele um real perigo. Enfrentava-o, dava mil golpes em seu rosto e ainda desdenhava após a vitória. Pois bem, hoje meus vilões mudaram. Não é mais aquele monstro que me amedronta, mas alguns perigos bem mais reais, mas que no final, trata-se da mesma coisa. Comparação sem nexo? Não. Pense bem, reflita se tudo que lhe dá medo hoje não passa apenas de um daqueles vilões imaginários da infância.
Talvez houvesse um mundo melhor se todos pensassem assim. Minto quando digo que faço o que escrevo. Não sou perfeito. Se todos fizessem o que pensam, os psicólogos seriam as pessoas mais felizes do mundo, e isso, sem sombra de dúvida, não existe. Não há meio de viver em perfeita harmonia, mas podemos chegar quase lá. Acorde feliz, pense que lá fora existem apenas monstros imaginários. Viva sem medo. E assim, quem sabe não apareça o Dom Quixote perdido dentro de nós?

4 comentários:

ಌ Debbynha ಌ disse...

Nhá...
Esse vai ser um dos meus mantras quando acordar "os monstros são imaginários" hihihi...
Realmente amor, se todos pensassem assim seria bem melhor e + facil...

s2 te amooo muitooo
;***

The tone disse...

Vc tocou num ponto nevralgico, mon cheri!
Sabe, estou lendo Freud e mais do que nunca entendo que muitas coisas que temos quando crianças ficam impresso na gente rpa sempre e que crescer é todo um grande processo de reprimir, de esquecer. A gente esquece pra poder viver em sociedade. Mas dái, caimos num dilema, que um cara chamado Marcuse (vide meu blog diálogo 2 e wilipedia) que se questionava se seria possível existir uam civilização não-repressiva. Eu vivo isso na pele. Quero fazer o que penso, mas infelizmente isso não pode se dar num contexto individual, senao, como dom quixote, com sua irreverência passa a ser o louco ou o tolo da história. E ninguém quer ser o tolo, a menos que todos possam juntos agor da formam que pensam, pois o pensamento seria livre. A gente não é livre, muito menos na nossa mente... pense a respeito!
:*

The tone disse...

PS - nao seriam os psicologos que seriam os amis felizs do mundo, mas seria a gente mesmo, dando vazão ao nossos desejos... os psicologos perderiam a razao de existir!
^^

Anônimo disse...

Eu nunca me considerei muito corajosa, mas lendo o seu texto, realmente: na infância, tinha menos medo. Será porque sabemos que qualquer coisa nossos pais estarão lá, para guiar e proteger? As vezes, acho que é exatamente isso que me assusta. Ter que me virar sozinha... Enfim, como os outros, esse aqui está ótimo. Adorei! ;) BeeeejO'